Poetisa sem vida

Sem ouvir o canto das aves,
Sem sentir o aroma das rosas,
Sem tocar galhos de árvores,
È como viver sem escrever prosas.
Não sentir a brisa ou tempestade,
Não se misturar nas águas de março,
Viver sem saber a identidade,
Não sentir seu abraço,
È simplesmente existir pela metade.
Não ate minhas mãos com laço
Isso me impediria de exprimir,
Não controle meus atos
È como arrancar-me uma asa,
Não me afaste do lápis e do papel
Seria como um fogo sem brasa,
Seria como cair do céu.
Não queime meus versos,
Estará queimando minha alma.
Não apague minhas linhas
Estará me asfixiando.
Deixe me existir, respirar, sentir
Deixe me sonhar, exprimir e voar
Deixe me ficar aqui...
Onde posso fazer me voejar,
Onde o mundo não é tão desonesto,
Onde posso fechar os olhos e viajar,
Pode fazer sorriso de detesto
Mas, deixe me ficar aqui...
Deixe-me te desvirtuar...
Deixe-me te induzir...
Deixe-me te desviar...
Deixe-me te conduzir...
Você prefere ficar!
Já imaginava!
Então, deixe-me ser quem sou
e deixe-me partir, andar nessa estrada.
Estrada das letras guiadas pelo meu coração!